segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Sobre o dia 24

Eu nunca me considerei um alguém normal. Sempre olhei para os outros como se eles possuíssem algo a mais que eu, parecia que estavam conformados e felizes com suas vidas. Eu tentava achar um jeito de ser igual, muitas vezes achei que o problema fosse eu, talvez fosse. Afinal, eu não estava conformada com a vida que levava, aliás, nunca aceitei os dias iguais. Toda vez que eu organizava a minha vida, eu ficava irritada ou chateada e desfazia tudo. Começar algo e não terminar era o que eu mais fazia. Por que escrevo e não grito? Porque cansei de falar e ninguém conseguir me ajudar. Afinal a vida é de quem aqui? Minha! Então eu que devo arranjar uma solução. Repararam que escrevi duas e quase três vezes a palavra “afinal”? Pois é, acho que hoje é o final de um novo ciclo. Eu cansei! Cansei daquela faculdade vazia, daquele serviço comum, eu quero mais! Eu quero viver a vida das moças da internet! Sim, aquelas que têm objetos fofos no quarto e roupas novas todos os dias já que eu não consigo comprar mais que uma peça por mês. Afinal (ó lá de novo), qual é o meu problema? O que falta em mim?

Bom (na verdade mal), eu sempre tive dificuldade para escolher coisas normais, por exemplo: profissão, sim! Muita dificuldade! Sempre tive vontade de abraçar o mundo e com isso, vivenciar todas as profissões existentes até achar a minha. Porém não foi isso o que aconteceu, eu me perdi. Quando era menina, eu sonhava em ser jornalista, mas fui caminhando em direção ao que aprendi a gostar: administração e seus inúmeros papéis. E quanto mais eu caminhava mais eu perdia a minha essência, vivia por viver e depois de 5 anos, cá estou, escrevendo, escrevendo por ter um incomodo enorme dentro de mim, algo que quer sair e realmente viver! Viver não é ficar quase 10h num dia de 24h atrás de uma mesa resolvendo problemas e organizando a empresa dos outros. Definitivamente isso não é para mim e como posso mudar? Poxa, moça, logo você que sempre foi a favor de mudanças e que nunca teve dificuldade com isso. Bom, a minha vida está organizada demais para um furacão pessoal destrui-la. Pois bem, mais um problema, não sei o que me incomoda mais nessa fase, se é o profissionalismo falho ou a perda de pessoas. Esse ano perdi muitos pseudo amigos e to perdendo ainda. Eu aprendi a lidar com isso quando a minha melhor amiga foi falsa o suficiente e eu tive que deixá-la. Mas ainda é difícil, nunca vai ser fácil perder pessoas. Objetos sim, pessoas não. Creio que há pessoas com problemas maiores que os meus mas somos humanos, né? E temos que achar algo para reclamar. A questão aqui é o que nós fazemos com nossas vidas todos os dias e a cada minuto. 

Estamos nos perdendo.

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